Apesar de todo avanço tecnológico as superstições e os mitos, tão antigos, ainda têm lugar no mundo contemporâneo. Os mitos e monstros proliferam, tornando-se familiares, convivendo conosco nos cinemas, parques de diversão, na televisão, nos livros, brinquedos, jogos eletrônicos, enfim, invadindo o imaginário humano e alimentando-o.
Trabalhar com as histórias infantis atendem à necessidade infantil de fantasia. E pela mitologia brasileira é possível dar vazão a essa fantasia, pois ela é repleta de seres curiosos, exóticos, misteriosos, medrosos, assustadores, enfim, personagens e histórias que provocam o imaginário do adulto que, um dia criança, conheceu-os e jamais os esqueceram.
O imaginário infantil, por excelência, é o mais repleto dessa fantasia, pois esta compõe o seu desenvolvimento. A infância é uma etapa decisiva na formação da personalidade já que os padrões de comportamento que se estabelecem nesse período influirão por toda a vida.
O Saci Pererê é um personagem que carrega consigo muitas características que o aproxima das crianças. Ele é levado, brincalhão, curioso, esperto, inteligente, e, acima de tudo, poderoso. As histórias que permeiam sua criação – desde seu nascimento até sua morte – são envolventes e extraordinárias. Por isso é tão difícil acreditar que ele não existe. Mais fácil deixar-se levar pela fantasia e pelo imaginário, pois são alimentos da alma.
Por estas razões e por ser o Saci Pererê um dos personagens que Monteiro Lobato “adotou” em suas histórias, resolvemos abrir a Semana do Livro Infantil 2012 com uma aventura dedicada à fantasia infantil. Que outra leitura poderia ser tão prazerosa que esta de sair de seu lugar comum, colocar mochila nas costas, lupa nas mãos e asas à imaginação?
– Dar materialidade ao texto escrito, especialmente à história do Saci Pererê descrita por Monteiro Lobato.
– Oportunizar a criança a experiência de vivenciar o que se lê.
– Incentivar a leitura por prazer.
– Difundir, através da contação de histórias, os mitos e as lendas da nossa cultura popular.
– Trabalhar o imaginário literário tão importante e impactante na formação da criança e do adulto.
– Possibilitar a ampliação do universo cultural.
– Promover a imaginação criativa e a significação individualizada.
– Sensibilizar a criança para o respeito à natureza.
Público alvo: Crianças de 6 a 11 anos.
Local: Parque do Museu Mariano Procópio
Dia 18 de abril é comemorado o Dia Nacional do Livro Infantil, em homenagem ao escritor Monteiro Lobato. Criador de personagens inesquecíveis, Lobato foi o primeiro escritor de livros infantis a incluir o Saci em suas histórias.
Assim o Saci se tornou um dos personagens mais conhecidos do folclore brasileiro.
Seu comportamento é brincalhão e ele passa o tempo todo aprontando travessuras nas matas e nas casas. Gosta de assustar as pessoas, esconder objetos domésticos, emitir ruídos, assustar cavalos no pasto e, apesar de todas as brincadeiras, não pratica atitudes com o objetivo de prejudicar ou fazer mal a alguém.
Ele se desloca dentro de redemoinhos de vento e, para capturá-lo, é necessário jogar uma peneira sobre ele e logo tirar seu gorro que é o que lhe dá forças.
Ele é conhecedor das ervas e plantas das florestas brasileiras e guarda-lhes os segredos e conhecimentos como ninguém. Quem entra na floresta ou nas matas em busca dessas ervas deve pedir sua autorização já que ele é o guardião das ervas sagradas e detém a sabedoria e a técnica de preparo dos chás, mezinhas, beberagens e outros medicamentos.
São muitas as informações sobre este personagem da cultura popular. Por isso recomenda-se a leitura dos livros para que os participantes aproveitem o máximo possível.
* O Saci – Monteiro Lobato (Disponível na Biblioteca Murilo Mendes)
* Dossiê Saci – Margareth Marinho – Funalfa Edições (Disponível na B. Murilo Mendes)
* Saci, moleque Saci – Carlos Jorge (Editora Franco/JF)
Regras a serem observadas:
– Para o evento, a criança deverá chegar ao parque do Museu Mariano Procópio até 30 minutos antes da hora marcada, ou seja, deverá chegar às 9:30 da manhã.
– Neste momento a criança inscrita receberá uma carteirinha e será separada em grupos por cores. Cada uma receberá uma pintura facial, dois riscos, na cor da equipe, acompanhando os monitores de cada grupo .
– Será obrigatório a presença de um responsável junto à criança na entrada e na saída do Parque do Museu.
– A criança deverá seguir os monitores e suas orientações. Em hipótese alguma ela poderá correr na frente ou se separar do grupo sem consentimentos dos monitores. Caso a criança não acate esta recomendação, ela será retirada do grupo.
– É recomendável que a criança use uma bota ou tênis com meias compridas e roupas leves; chapéu; mochila para levar uma garrafinha de água e um pequeno lanche para o final do evento.
– Se possível, providenciar uma peneira de taquara, uma lupa, bússola, máquina fotográfica. Todo esse material é opcional. Se a criança não tiver, NÃO será necessário comprá-los.
– Não será permitido arrancar ou quebrar as plantas, bem como jogar lixo no chão: papéis, garrafas, etc.
– Não será permitido chegar perto da beirada do lago ou qualquer atividade que coloque em risco a criança.
– A aventura deve dar ênfase à conservação da natureza já que ele é um dos protetores das matas brasileiras.